domingo, 21 de junho de 2015

Planta da Ilha de Socotra

A Dracaena cinnabari, também denominado como "dragoeiro", é uma espécie de planta nativa do arquipélago de Socotra, que é formado por quatro ilhas no oceano Índico, em frente à costa do Chifre da África (Corno de África), a 250 km a leste do cabo Guardafui e a uns 380 km a sudeste da costa do Iêmen, que administra Socotra em nome do Sultanato de Mahra e Socotra.
O arquipélago é formado por uma ilha montanhosa principal, Socotorá (3625 km²), três ilhas menores, conhecidas coletivamente como "Os Irmãos" (Abd Al Kuri, Samha e Darsa), e ainda outras pequenas ilhotas desabitadas. Abd Al Kuri e Samha somam uma população de umas poucas centenas de pessoas, enquanto que Darsa está desabitada. A principal cidade é Hadiboh (43 000 habitantes em 2004).


Socotorá é uma das ilhas de origem continental mais isoladas do mundo, separando-se provavelmente da África como uma falha durante o Plioceno médio, no mesmo conjunto de eventos que abriu o Golfo de Áden para o noroeste.
O clima em geral é árido e semi-árido tropical (Köppen: BWh e BSh), com poucas chuvas, concentradas no inverno e mais abundantes nas maiores alturas do que nas zonas costeiras. O clima é fortemente influenciado pela monção. De junho a setembro tradicionalmente a ilha era inacessível por causa dos fortes ventos.

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Segundo uma lenda árabe, um elefante e um dragão lutaram até a morte na ilha africana de Socotra, a sudeste do Iêmen, fazendo brotar lá uma árvore cuja seiva é vermelha como sangue. Mas a ciência sabe que foi a batalha pela sobrevivência que encheu o lugar de plantas exóticas como s sangue-de-dragão. Há 10 milhões de anos, Socotra não era uma ilha. Seus 3 600 quilômetros quadrados estavam colados na África e faziam parte da atual Somália. De lá pra cá o nível do mar subiu e ela ficou isolada no Oceano Índico. Enquanto rinocerontes acabaram com a vegetação costeira em terra firme, a flora da ilha sobreviveu às mudanças ambientais. As espécies mais resistentes ao clima semi-árido, com ventos de até 43 quilômetros por hora, transformaram Socotra em um dos maiores celeiros de espécies endêmicas - aquelas que só crescem em um lugar - em todo o mundo. São quase 300 plantas que só existem ali, segundo o relato dos botânicos escoceses Diccon Alexander e Anthony Miller, do Royal Botanic Garden de Edinburgo, publicado na revista inglesa New Scientist. Por isso a ilha está nos planos da ONU, para estudo do potencial econômico de sua biodiversidade.


A Dracaena cinnabari, ou sangue-de-dragão, é a planta que mais se espalhou pela ilha. É uma espécie endêmica remanescente, quer dizer, uma sobrevivente da flora que desapareceu no continente. Tem folhas carnudas, semelhantes às da babosa e do pau-d·água, que se encontram no Brasil. Só que é bem mais alta. Pode atingir cinco metros de aitura. Seu nome está ligado à resina de cor vemmelho vivo chamada cinábrio, extraída das folhas e das cascas do tronco e dos galhos (foto da página anterior). A população local usa essa substãncia para tingir lã e também como antiséptico bucal, matéria-prima para fazer batom e remédio para dor de estômago, desinteria e queimaduras. Arquipélago de Socotorá Os habitantes de Socotorá criam gado e cabras. A maioria vive sem eletricidade, água corrente ou estradas pavimentadas. Nos finais da década de 1990, foi implementado um Programa da Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento dedicado à ilha. Assim, em julho de 1999 um novo aeroporto internacional permitiu o acesso a Socotorá durante todo o ano. Nas ilhas se fala um idioma semítico próprio, o socotri, que está relacionado com outros idiomas da península Arábica.

Fotos Bay Palmario
https://ssl.panoramio.com/photo/66993018

Texto Editora Abril
http://super.abril.com.br/ideias/arvore-com-seiva-vermelha-a-toca-do-dragao

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